Tire suas dúvidas sobre o IGTV, a nova plataforma do Instagram
Oferecer novas possibilidades para os produtores de conteúdo de vídeo. Esse é o principal apelo do IGTV, a nova plataforma do Instagram. Lançado em junho de 2018, o aplicativo apresenta dois diferenciais importantes: o tempo de duração dos vídeos (eles podem ter até 1 hora) e o formato vertical.
No caso desse último recurso, o objetivo é claro: favorecer o consumo via aparelho celular, que hoje é a principal forma de acesso às redes sociais.
Ainda com esse foco, o IGTV traz outras novidades em relação aos concorrentes, como a reprodução automática — não é preciso dar o “play”, como no YouTube.
A disposição do Instagram de intensificar a disputa com a plataforma do Google tem a ver com o crescimento da sua base de usuários. Ela atingiu em junho a marca de 1 bilhão pessoas, e a expectativa é de que continue evoluindo.
Segundo os dados divulgados pela empresa, a taxa de crescimento é de 5% por trimestre. Para se ter ideia, o índice do Snapchat está em 2,13% e, a do Facebook, em 3,14%.
Quem trabalha com a produção de conteúdo (seja na gestão ou na execução), precisa entender melhor a movimentação dos players área. É fundamental saber como explorar as novas formas de distribuição de conteúdo, até para tornar a comunicação mais eficiente.
O post de hoje foi pensado com esse objetivo: vamos detalhar como o IGTV funciona e dar dicas de como é possível aproveitar as novas possibilidades. Acompanhe!
Como funciona o IGTV?
De forma simplificada, podemos dizer que o IGTV é um hub de vídeo verticais, um novo espaço para a publicação desse tipo de conteúdo.
Em termos de acesso, o usuário tem duas possibilidades: pode fazer o download do aplicativo ou acompanhar as publicações pelo próprio Instagram, por meio do ícone localizado no canto direito da tela.
Ao entrar na plataforma, é possível assistir aos vídeos postados pelas pessoas que você segue, aceitar as sugestões feitas pelo sistema (baseadas, claro, nos conteúdos mais acessados) ou acompanhar os mais populares.
As opções de interações são as mesmas dos posts do Instagram: curtir, comentar ou enviar diretamente para alguém.
Para os produtores de conteúdo, além da possibilidade de postar vídeos mais longos (de 15 segundos a 60 minutos), destaque para a valorização do formato vertical. Ela não ocorre por acaso, tem tudo a ver com o uso do aparelho celular.
Especificamente no caso do IGTV, todas as funcionalidades foram pensadas para favorecer o conceito de mobile first. Ou seja, devemos considerar que o acesso será feito via dispositivos móveis, avaliando todas as implicações disso.
Como utilizar melhor os recursos?
Se o consumo vai ser feito prioritariamente via celular, uma das preocupações diz respeito ao tempo de duração dos conteúdos.
A plataforma permite vídeos de até 60 minutos. Porém, o próprio Instagram tem orientado os usuários a adotar materiais de até 10 minutos. Essa é a linha seguida também nos vlogs do YouTube.
No final das contas, tudo depende da qualidade do material, correto? Se a opção for por um documentário, é possível chegar num audiovisual mais longo, mas que consiga envolver o espectador.
Quantidade ou qualidade?
Os idealizadores do projeto estão confiantes de que, nesse momento, vale mais apostar na qualidade do que na quantidade. Para isso, têm procurado atrair os produtores de conteúdo interessados em investir na produção dos materiais.
Uma prova disso? A plataforma suporta vídeos em resolução 4K, o que confirma que o objetivo é ter conteúdos mais profissionais.
No evento de lançamento realizado em São Francisco, nos Estados Unidos, os diretores foram incisivos em relação às intenções da empresa, afirmando que a ideia é oferecer uma nova forma de assistir à televisão online.
Pensando nisso, os vídeos começam a rodar assim que a pessoa acessa o aplicativo, ou seja, não precisa nem dar play, o processo de reprodução é automático.
Para facilitar a organização, a ideia é que os usuários criem seus canais, assim como acontece no YouTube.
Outro diferencial importante, do ponto de vista da busca de audiência, é a possibilidade de incluir CTAs (chamadas de ação) e incluir links para outras plataformas sociais ou site.
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Quais os cuidados no uso do IGTV?
Para não errar nas publicações, fique atento:
- O ideal é produzir materiais específicos para a plataforma, valorizando as novas possibilidades; não faz muito sentido apenas “replicar” os conteúdos.
- Avalie bem o perfil da audiência antes de selecionar o formato dos vídeos, principalmente em relação à duração. Não adianta “forçar a barra” e investir num material mais longo se ele não fizer sentido para o seu público.
- Não se descuide da qualidade do material. Na prática, isso quer dizer que o ideal é contar com profissionais especializados nesse tipo de produção. Falhas de enquadramento, de iluminação ou mesmo problemas de áudio fazem muita diferença no nível de retenção da mensagem.
Defina seus objetivos
Dito isso, lembre-se de que, assim como em outras plataformas, o mais importante é definir bem os objetivos da mensagem. A partir daí, não faltam opções que podem ser trabalhadas no formato vertical: tutoriais, entrevistas, documentários, webinars, enfim, é possível explorar todas as possibilidades do vídeo marketing.
O IGTV acaba de ser lançado, então, o principal é acompanhar a resposta da audiência. A decisão de investir ou não depende, claro, do perfil do seu público. Se ele é um heavy user do aparelho celular, vale a pena ficar atento às novas possibilidades.
Nunca é demais lembrar: não existem fórmulas prontas, o que importa é a experiência do usuário! E, quando pensamos nisso, o que sabemos é que o consumo de vídeos é um dos principais fenômenos da internet nos últimos anos.
Dados divulgados pelo Google, em setembro de 2017, confirmam que só os usuários brasileiros gastam, em média, 15,4 horas por semana assistindo vídeos online. Para se ter ideia da mudança que temos visto nessa área, bastas saber que, há três anos, esse tempo era 90% menor.
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