Uma conversa sobre a produção de webséries para a Mastercard
Conhecer melhor as histórias por trás dos projetos pode ser uma experiência inspiradora, certo? Conversamos com Millie Panichi, diretora da Ludovic, para saber todos os detalhes da produção das webséries realizadas para a Mastercard. Confira!
Como nasceu o projeto desenvolvido pela Ludovic para a Mastercard?
Por conta da pandemia, a Mastercard teve que se ajustar rapidamente e oferecer um novo tipo de serviço para seus clientes, adaptado à nova realidade do lockdown. Com a criação do tema “Criar novos hábitos”, a empresa lançou uma contrapartida social para oferecer conteúdos informativos e relevantes para o momento único que o mundo está vivendo. A agência de experiências Bem São Paulo idealizou três webséries a partir desse tema: uma dedicada a explorar o universo das cervejas artesanais brasileiras, uma para os amantes de vinhos criarem um novo olhar para nossa produção nacional, e a terceira para quem queria conhecer um pouco mais do universo dos drinks e cocktails.
Qual foi o principal desafio na realização desse projeto para a Mastercard?
O maior desafio para esse projeto foi o tempo extremamente curto de desenvolvimento das séries. Tivemos alguns dias para desenvolver os conceitos das três séries e já escrever os roteiros piloto juntamente com a agência de experiências Bem São Paulo e os três embaixadores das séries. Por conta do prazo apertado, muitas vezes a aprovação final do roteiro se dava na madrugada anterior à gravação. Então tivemos que ter um set bastante flexível para nos adaptarmos às mudanças de última hora.
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Como foi o processo de produção, considerando que o trabalho foi realizado em meio às medidas de distanciamento social?
A pandemia representou um desafio a mais. Toda a comunicação foi remota e, em alguns casos, não conseguimos fazer a visita técnica à locação antes da gravação, o que nos trouxe algumas surpresas que tivemos que contornar no set. Os cuidados com a limpeza e o distanciamento também deixaram o andamento do set mais lento, e fomos aprendendo como administrar esses percalços conforme fomos gravando a série.
Também tivemos o cuidado de trabalhar apenas com o embaixador, visando a segurança de seus familiares.
Apesar do assunto comum, cada uma das webséries teve uma proposta diferente em relação à forma como o tema foi abordado. Como chegaram nos roteiros que seriam trabalhados? Partiram de conversas iniciais com os “personagens” para entender como seria melhor abordar a experiência deles?
Todos os roteiros têm como base a ideia de “criar novos hábitos” dentro do universo da bebida. Já que, com a pandemia, o consumo de álcool aumentou no mundo todo, as séries focaram no conhecimento sobre cada bebida e também no mercado nacional, como um incentivo à procura do que é produzido aqui.
As séries foram desenvolvidas a partir de um escopo que o próprio embaixador selecionava e nos enviava. O conhecimento deles é único; são profissionais que estão na vanguarda de suas áreas no Brasil.
Então a Gabriela Monteleone queria falar sobre a produção de uvas de São Roque em um episódio; o Junior Bottura sobre a influência direta dos sommeliers formados no Brasil na qualidade da produção nacional; o Ale D’Agostino veio com a ideia de colocar o destilado no campo da apreciação, e não de festas e noitadas, como é mais associado.
Vimos logo no início que as séries não poderiam ser iguais. Então, a partir dessa lista de assuntos, nossos roteiristas desenvolveram cada série especialmente para aquele embaixador, adaptada aos temas e ao espírito de cada um. Tentamos deixar o roteiro livre para que eles pudessem ser espontâneos na frente da câmera.
A colaboração dos embaixadores foi primordial para o desenvolvimento do roteiro.
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As produções têm excelente qualidade técnica. Quais os cuidados adotados para garantir isso?
Tivemos que trabalhar com uma equipe enxuta por conta da pandemia e isso foi um grande desafio: manter a qualidade da série sem ter o número de profissionais necessários. O que acabou acontecendo é que todos trabalhamos em dobro. Não pudemos ter um segundo assistente, nem um diretor de arte no set por conta dessa restrição. Dessa forma, essas funções acabaram sendo absorvidas pela equipe.
No início do projeto, qual foi o desafio apresentado pela agência e o cliente? Quais foram as orientações básicas e como elas foram executadas nas diferentes etapas da produção?
O principal desafio foi trabalhar em um tempo muito curto para a produção das três webséries durante a pandemia. As etapas iniciais de briefing, aprovação de roteiro e pesquisa de locação aconteceram remotamente. Fora isso, tivemos que providenciar uma estrutura segura para os embaixadores e para a nossa equipe, seguindo um protocolo rigoroso de proteção contra a Covid-19. Nossos equipamentos foram higienizados constantemente e cuidamos para que não houvesse ninguém no ambiente além da equipe e dos embaixadores.
No caso do Júnior Bottura, a fim de garantir a segurança da família dele, as gravações aconteceram na casa de praia dos seus sogros, em Santos. Trabalhamos com uma equipe bem pequena: um diretor, um diretor de fotografia, um áudio direto, um assistente e um produtor.
Num projeto desse tipo, imagino que seja necessário um trabalho muito próximo com a agência. Pode falar um pouco sobre esse processo, pensando nas diferentes etapas do trabalho?
A Bem São Paulo é uma agência que sabe fazer muito com pouco. São profissionais com uma bagagem grande em diversas áreas, sobretudo na produção de eventos. Trabalhamos com eles em outros projetos para a Mastercard e temos um relacionamento muito franco e criativo. É um trabalho de parceria mesmo, de bastante diálogo e de busca conjunta por soluções quando surge alguma dificuldade. A Ludovic tem foco sempre na entrega e no processo, facilitando todas as etapas para o cliente. Essa também é uma característica muito forte da Bem São Paulo, que faz com que nosso ambiente de trabalho seja mais criativo, mais leve.
Pensando em termos de formatos, por que a opção pela websérie acabou se mostrando mais adequada?
O formato websérie, além de ser democrático, pois basta uma conexão de internet para ter acesso ao conteúdo (os episódios foram disponibilizados gratuitamente no YouTube da Mastercard), é também uma atividade de entretenimento. Nos cinco episódios de cada série o público tem uma jornada de conhecimento daquele tema, ao mesmo tempo em que se entretém. E isso foi importante porque, durante a pandemia, a população ficou presa em casa sem poder realizar atividades do dia a dia e com poucas opções de entretenimento.
A produção de webséries é um dos serviços oferecidos pela Ludovic. Saiba mais sobre o que fazemos.
Veja o trailer das três séries produzidas para a Mastercard:
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