O ÚLTIMO RETRATO é uma jornada misteriosa na vida da jovem Amanda. O filme é mais um trabalho do cineasta curitibano Arthur Tuoto, que vem se firmando como um dos mais talentosos profissionais do audiovisual brasileiro.
O ÚLTIMO RETRATO
(curta-metragem, BRASIL, 2016, 15 min.)
MOSTRAS E PRÊMIOS
O curta-metragem O ÚLTIMO RETRATO fez parte da Mostra Nacional de Cinema do Sesc, em diversas regiões brasileiras.
EQUIPE
Escrito, Produzido, Dirigido por ….. ARTHUR TUOTO
Produzido por ….. MILLIE PANICHI
Produção executiva ….. MARIA PINHO
Diretora de Fotografia ….. MARIA PINHO
Operadora de Câmera ….. MILLIE PANICHI
Montagem de ….. ARTHUR TUOTO
Design de som ….. ARTHUR TUOTO
Produção ….. LUDOVIC PRODUÇÕES®
ELENCO
CAMILLA LORETA ….. no papel de Amanda
MARCO BARRETO ….. como Marco
PERFIS
ARTHUR TUOTO: Cineasta e artista visual. Seus filmes e videoinstalações já foram exibidos em festivais e exposições como Berlinale Forum Expanded, Les Rencontres Internationales, Videonale, Festival de Brasília, entre vários outros. AQUILO QUE FAZEMOS COM AS NOSSAS DESGRAÇAS (2014), seu primeiro longa-metragem experimental, estreou na Mostra Aurora da 17ª Mostra de Cinema de Tiradentes e foi o vencedor do Grande Prêmio Cine Esquema Novo no Cine Esquema Novo 2014. NÃO ME FALE SOBRE RECOMEÇOS (2016), seu mais recente trabalho, estreou na Mostra Cinema Agora! do 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e foi um dos longas premiados na Mostra do Filme Livre 2017.
CAMILLA LORETA: Fotógrafa, formada em Arte: história crítica e curadoria pela PUC-SP e possui curso técnico em direção cinematográfica pela Academia Internacional de Cinema. Dirigiu dois curtas-metragens: CLARA (2011), O SILÊNCIO DAS PEDRAS (2013) – esse selecionado para Semana Paulistana de curta-metragem. O ÚLTIMO RETRATO é sua estreia como protagonista em obra audiovisual.
MARCO BARRETO: Ator e preparador corporal, formado em Comunicação das Artes do Corpo pela PUC-SP. Em sua pesquisa, fez diversos cursos na área de Dança, educação somática e técnicas de treinamento e criação de para atores. Trabalha com Teatro, em diversas linguagens, com Cinema, TV, Publicidade e Produção.
LUDOVIC PRODUÇÕES®: Produtora de cinema e vídeo de São Paulo que vem se destacando pelo investimento em talentos nacionais. O curta-metragem O ÚLTIMO RETRATO foi totalmente financiado pela Ludovic sem apoio de órgãos federais ou de empresas privadas.
BASTIDORES
(fotos por Edson Costa Jr. e Millie Panichi)
CONVERSA COM O CINEASTA
– Você é um cineasta com uma carreira curiosa, manteve-se durante tanto tempo no experimental, com aproximação muito forte com a videoarte, e só agora se aventura na direção de um curta-metragem ficcional com atores. Fale um pouco sobre a sua carreira e também sobre essa transição.
AT – Acredito que em todo gênero de cinema existe uma narrativa implícita. Mesmo no experimental, como no meu trabalho e no de outros artistas, consigo enxergar uma progressão sensorial que se aproxima de uma experiência narrativa. Não uma narrativa que se foca em uma história, mas em digressões imagéticas. O curta-metragem ficcional nada mais é do que a continuidade dessas experiências. Apesar do filme se focar em um drama e em uma premissa narrativa, a questão essencial parte muito mais de uma sensação – e de como essa sensação pode ser traduzida audiovisualmente – do que de uma resolução dramática específica.
– Como surgiu a ideia de filmar O ÚLTIMO RETRATO?
AT – A ideia surgiu da vontade de explorar uma certa ambiguidade do ambiente online, especialmente uma ambiguidade que diz respeito a ausências e presenças. Relacionar, de algum modo, a imaterialidade das relações virtuais, especialmente das suas consequências afetivas com uma ideia de ausência física. Explorar o que significa, hoje, morrer no mundo material e morrer no mundo virtual e, a partir disso, gerar uma experiência misteriosa que não vá exatamente definir essa relação, mas revelar seus fascínios implícitos.
– Como se deu a escalação da Camilla Loreta e do Marco Barreto?
AT – Foi um processo bastante intuitivo. Como o filme não tem diálogos, eu estava em busca muito mais de dois rostos que me passassem a sensação certa do curta do que qualquer coisa. Desde o começo os dois pareceram captar muito bem a proposta e as sutilezas do trabalho e, mesmo durante o processo, contribuíram muito para a concepção criativa do filme.
– A Camilla tem um rosto bastante cinematográfico; o Marco também, mas é curioso ver, em uma obra cinematográfica, um ator que só aparece em fotos.
AT – O rosto do Marco tem uma fragilidade muito interessante. Acho que pro papel, que seria essa pessoa inalcançável, essa ausência sempre ambígua, foi ideal. E mesmo aparecendo apenas em fotos, existiu um trabalho de preparação, no que diz respeito a tirar as fotos dos dois como casal, que corresponde a sensação de uma passado presente onde uma interpretação de ambos foi essencial.
– No filme, não sabemos se estamos vendo um drama, um suspense psicológico ou um filme de horror. Porque você decidiu transitar entre gêneros? Fale um pouco sobre isso.
AT – O objetivo era partir da premissa de um filme de gênero mas não se limitar a isso. Originalmente o roteiro se filiava mais diretamente a uma linha de terror psicológico e até found footage, mas durante as filmagens e a montagem fomos encontrando um tom mais dramático, mas que, ainda assim, conservasse um misto de fascínio e mistério que é da natureza do horror.
– Com o filme finalizado, o que foi mais marcante no processo?
AT – O filme é diferente em cada etapa. No roteiro ele é um, na filmagem outro e na montagem outro ainda. A principal questão – e provavelmente o nosso maior aprendizado – é que não se deve se prender a uma dessas visões. O processo acaba ganhando uma vida própria e o nosso trabalho é mais o de reconhecer o que o filme pede do que ficar apegado a uma visão limitadora.
– O filme tem passado com sucesso em vários festivais nacionais e internacionais. Como o público tem recebido o filme?
AT – O filme tem sido muito bem recebido. Nas exibições em que eu estava presente senti que esse misto de fascínio e mistério que propomos acaba se concretizando na impressão do público.
– E agora, quais são seus próximos projetos?
AT – Pretendo continuar com as minhas experiências tanto no campo do experimental como no do ficcional. O cinema ainda é uma linguagem muito nova e acredito que ainda existe muito a ser desbravado em vários sentidos. Além disso, continuo com a minha pesquisa e produção como crítico, o que acaba sempre instigando minha paixão ainda mais.
CONTATOS
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