As mudanças trazidas pelo TikTok e o vídeo marketing
Facebook, Instagram, YouTube, WhatsApp, Twitter. Essas redes sociais – todas com mais de dez anos – mudaram a forma como o mundo se comunica e, mais recentemente, a lista aumentou.
O TikTok surgiu em 2016, na China, mas só no último ano estourou no Brasil. Mesmo começando a ser descoberto agora pelos brasileiros, também já trouxe novas linguagens para o mercado audiovisual. Com seu formato de vídeos de até um minuto e cheio de funcionalidades, que permitem o uso de áudios, efeitos e dublagens, entre outras, as marcas começam a explorá-lo como um canal de videomarketing, onde podem mostrar de forma criativa seu conteúdo, o que oferecem.
“A gente está criando tendências”, afirmou Kim Farrell, diretora de Marketing da plataforma de entretenimento, como o TikTok se intitula no YOUPIX Summit, evento que discute a criação de conteúdo e comunicação digital. Tanto isso está acontecendo que as outras redes se mexeram para não perder espaço na briga pela concorrência.
Em junho, o Instagram lançou o Reels, que permite a criação de vídeos de até quinze segundos e oferece ferramentas muito semelhantes às do TikTok. Três meses depois, em setembro, o YouTube anunciou o Shorts, que segue a mesma linha.
A diferença do TikTok, como Kim destacou no evento, é que, ao anunciar na rede chinesa, a marca não depende de seguidores, e sim de sua criatividade – um usuário com dez seguidores pode ter seu conteúdo visto por milhares de pessoas organicamente. Alguns vídeos fazem tanto sucesso que extrapolam a plataforma e viralizam nas outras redes sociais, tamanho o engajamento.
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As marcas aderiram ao TikTok
A rede-americana Chipotle Mexican Food é uma das empresas que soube usar a rede para produzir marketing de conteúdo. Com a #GuacDanceChallenge, ela propôs que os usuários postassem dancinhas com uma música sobre abacate, sua principal matéria-prima – os desafios são outro trunfo do aplicativo, que incentiva os usuários a criarem vídeos em cima de uma missão.
Cerca de 250 mil pessoas usaram a hashtag e, com o sucesso, ela fez uma parceria no TikTok com o cantor Justin Bieber no Super Bowl 2020. Com essa ação, atingiu 95 milhões de pessoas. Isso ocorreu antes de o presidente norte-americano Donald Trump bloquear a rede social no país, alegando, entre outros fatores, que a empresa ameaça a segurança nacional – informação que o TikTok nega.
No Brasil, o perfil da Magalu, do Magazine Luiza, duplicou o número de seguidores em menos de 24 horas ao mostrar, pela primeira vez, a Lu, influenciadora virtual da marca, de corpo inteiro e em 3D. O vídeo já foi visto quase 15 milhões de vezes.
No TikTok, a quarta maior rede em número de usuários (800 milhões) atualmente, os mais influentes são chamados de musers e podem ser contratados para ações de videomarketing. Mas uma característica do TikTok é que seus vídeos não exigem superproduções. Seja com ou sem os musers, Kim Farrell faz um alerta para as marcas, enquanto a ferramenta de anúncios não chega ao Brasil: “Não espere, isso pode ser um erro”.
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